O livro “Bom dia, Verônica” é o resultado da parceria entre os autores Raphael Montes e Ilana Casoy, lançado originalmente sob o pseudônimo Andrea Killmore pela DarkSide Books em 2016. A trama segue Verônica Torres, uma escrivã da polícia civil de São Paulo, que decide investigar por conta própria um possível serial killer e um golpista.
A narrativa se desenrola quando Verônica presencia, inesperadamente, uma desventurada mulher atentar contra sua própria vida nas dependências da delegacia, após uma situação onde foi desconsiderada por seu superior hierárquico. Não aceitando passivamente o ocorrido, Verônica ousa adentrar em seu próprio universo investigativo, aprofundando-se progressivamente nos intricados casos que cruzam seu caminho, uma postura que a expõe a perigos latentes, ameaçando, assim, a integridade de sua existência.
O livro está sendo bastante elogiado pela premissa envolvente que envolve o leitor em uma jornada fascinante e pela maneira cuidadosa como os detalhes são apresentados, garantindo um ritmo constante, que ao mesmo tempo é acelerado e envolvente. No entanto, a narrativa tem sido alvo de críticas, especialmente nos momentos em que a personagem principal, Verônica, parece ser retratada de forma pouco natural e forçada, o que acaba prejudicando a capacidade do leitor de se envolver plenamente com sua história desdobrada.
A autora enfatiza sua preferência pelo ponto de vista de outra personagem, Janete, e deixa transparecer uma certa decepção em relação às expectativas que foram criadas em torno dos autores. Ainda assim, ela recomenda a leitura do livro para os amantes de histórias de crimes reais e romances policiais.
Sinopses: Verônica Torres trabalha no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Civil em São Paulo.
É secretária de Carvana, um delegado pouco confiável, e filha de um respeitado policial, que teve um fim trágico e não totalmente esclarecido.
Verônica está afastada de qualquer tipo de investigação, mas, ao presenciar o suicídio de uma mulher em seu trabalho, a fragilidade da vítima e as estranhas circunstâncias que a levaram à delegacia a colocam na trilha de um abusador com requintes de crueldade.
Quando recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada, ela seguirá as pistas de uma série de crimes ainda mais sombrios.
Janete é uma dona de casa devotada, que obedece Brandão, seu marido, pelo absoluto terror que nutre por ele. Policial militar, ele está acima do bem e do mal e pratica crimes sexuais de extrema violência e sadismo, em que ela é obrigada a participar ― primeiro, aliciando mulheres; depois, acompanhando o desenrolar de suas mortes.
As vidas de Verônica e Janete se entrecruzam e as levam aos limites da violência e da loucura. Ao narrar suas histórias, Ilana Casoy e Raphael Montes criam um thriller sem paralelos na literatura policial brasileira, com uma trama complexa ― e uma investigadora inesquecível.
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