O Cortiço – Resumo da Obra de Aluísio Azevedo

Resumo do livro o cortiço Aluísio Azevedo

Aluísio Azevedo foi um importante escritor brasileiro do século XIX e um dos principais representantes do movimento naturalista no país. Nascido em São Luís, Maranhão, em 14 de abril de 1857, Azevedo iniciou sua carreira literária escrevendo crônicas e peças teatrais, mas foi com seus romances em prosa que ele alcançou grande destaque.

Sua obra mais conhecida é “O Mulato”, publicado em 1881, que é considerado o primeiro romance naturalista brasileiro. A obra retrata a história de Raimundo, um jovem mulato que busca ascender socialmente em uma sociedade marcada pelo preconceito racial e pela hipocrisia. O livro é uma crítica contundente à sociedade brasileira da época.

Outro livro importante de Azevedo é “O Cortiço”, publicado em 1890, que retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro. A obra é um retrato fiel da vida urbana no Brasil do final do século XIX, marcada pela miséria, pela prostituição e pela violência.

Além desses dois livros, Azevedo escreveu outras obras importantes, como “Casa de Pensão” e “A Condessa Vésper”. Seus livros são marcados pelo realismo e pela objetividade, características do movimento naturalista.

Em resumo, Aluísio Azevedo foi um importante escritor brasileiro do século XIX, que se destacou como um dos principais representantes do movimento naturalista no país. Sua obra, marcada pelo realismo e pela objetividade, retrata de forma contundente a sociedade brasileira da época, denunciando as desigualdades e injustiças presentes naquele contexto histórico.

Principais Personagens da obra

Nesta seção, vamos conhecer os principais personagens do romance “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo. São eles: João Romão, Miranda, Jerônimo, Rita Baiana e Bertoleza.

João Romão

João Romão é o protagonista da história. Ele é um homem ambicioso e determinado a enriquecer a qualquer custo. João Romão é o dono do cortiço, um lugar onde vivem pessoas pobres e marginalizadas. Ele é um homem astuto e inteligente, que sabe como ganhar dinheiro. João Romão é um personagem complexo, que desperta sentimentos contraditórios no leitor.

Miranda

Miranda é o vizinho de João Romão e um dos personagens mais importantes do livro. Ele é um homem honesto e trabalhador, que sonha em ter sua própria padaria. Miranda é casado e tem uma filha, que se torna objeto de desejo de Jerônimo, outro personagem importante do romance.

Jerônimo

Jerônimo é um jovem ambicioso que se apaixona pela filha de Miranda, a Zulmira. Ele é um personagem complexo, que oscila entre a ambição e o amor. Jerônimo é um homem que deseja ascender socialmente, mas que acaba se envolvendo em um crime que o leva à prisão.

Rita Baiana

Rita Baiana é uma personagem enigmática e misteriosa. Ela é uma mulher bonita e sedutora, que desperta a paixão de vários homens no cortiço. Rita Baiana é uma personagem que representa a sensualidade e a liberdade feminina em uma época em que as mulheres eram submissas aos homens.

Bertoleza

Bertoleza é uma escrava que foi comprada por João Romão. Ela é uma personagem forte e determinada, que luta pela sua liberdade e pela de seus filhos. Bertoleza é uma personagem que representa a resistência dos negros escravizados em uma sociedade racista e opressora.

Em resumo, os personagens principais de “O Cortiço” são complexos e multifacetados. Cada um deles representa uma faceta da sociedade brasileira do século XIX, marcada pela desigualdade social, pela escravidão e pela opressão.

O Cortiço

Romance naturalista escrito por Aluísio Azevedo em 1890. A obra retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro do final do século XIX.

Habitação Coletiva

Habitação coletiva, onde várias famílias vivem em pequenos quartos e compartilham espaços comuns, como banheiros e cozinhas. O lado do cortiço é retratado como um lugar sujo e insalubre, onde as condições de vida são precárias.

Moradores do Cortiço

Os moradores do cortiço são retratados como pessoas simples e pobres, que lutam diariamente para sobreviver em um ambiente hostil. Entre os personagens, encontramos João Romão, um português ambicioso que consegue transformar em um negócio lucrativo, e Rita Baiana, uma mulata sedutora que desperta paixões nos homens do cortiço.

Os personagens são descritos de forma objetiva, segundo as teorias naturalistas da época. A obra denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores dos cortiços cariocas do final do século XIX, mostrando as desigualdades sociais e a falta de oportunidades para os mais pobres.

Em resumo, A obra importante da literatura brasileira que retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro do final do século XIX. Através dos personagens, a obra denuncia as desigualdades sociais e as condições precárias de vida dos mais pobres.

Contexto Histórico e Social

Ao falarmos sobre o contexto histórico e social, é importante destacar que esses dois aspectos estão intimamente relacionados e influenciam diretamente a vida das pessoas. No Brasil, em especial, é impossível entender a realidade atual sem compreender o passado e as transformações que ocorreram ao longo dos anos.

Um exemplo disso é o Rio de Janeiro, que foi a capital do país até 1960. Esse fato por si só já revela muito sobre a história do Brasil e sua relação com a cidade. Durante muito tempo, o Rio foi o centro político, econômico e cultural do país, o que deixou marcas profundas na sua sociedade.

Conexões Intrínsecas entre História e Sociedade: Reflexões sobre o Brasil e seus Marcos

Outro aspecto importante é a questão da escravidão, que é um tema sensível e que ainda gera muita discussão. A escravidão foi uma das principais fontes de riqueza do Brasil durante séculos, e a sua abolição em 1888 foi um marco na história do país. No entanto, é preciso lembrar que a libertação dos escravos não significou o fim do racismo e da discriminação.

Além disso, é interessante destacar a figura do mulato, que é um termo usado para se referir a pessoas que têm ascendência africana e europeia. O mulato sempre foi uma figura importante na cultura brasileira, e muitos deles alcançaram destaque na sociedade, como é o caso do comerciante Jerônimo, personagem do livro “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo.

Outra figura importante é a da escrava fugida, que muitas vezes se tornava líder de comunidades quilombolas. Essas comunidades eram formadas por escravos que conseguiam fugir e se estabelecer em locais isolados, como a Pedreira de João Romão, que fica na região de Vila Isabel, no Rio de Janeiro.

Por fim, é interessante destacar a importância dos sobrados na história do Brasil. Essas construções eram muito comuns nas cidades coloniais, e muitas delas ainda existem até hoje. Um exemplo é o Sobrado da Estela, que fica no centro histórico de São Paulo e foi construído no século XIX. Esse sobrado é um importante patrimônio histórico e cultural do país.

Em resumo, o contexto histórico e social é fundamental para entendermos a realidade do Brasil e as transformações que ocorreram ao longo dos anos. É importante lembrar que a história do país é marcada por muitos desafios e lutas, mas também por muitas conquistas e avanços, como a ascensão social de figuras importantes como Zulmira, que foi a primeira mulher negra a se formar em Medicina no Brasil.

O Estilo Naturalista

O Naturalismo foi um movimento artístico e cultural que se manifestou na literatura, no teatro e nas artes plásticas, tendo como principais características a objetividade, a impessoalidade e o retrato fiel da realidade. Nós entendemos que o Naturalismo é uma corrente mais extremada do movimento realista, sendo muitas vezes também chamado de realismo-naturalismo.

O estilo naturalista, assim como o realismo, teve como objetivo retratar a realidade de forma objetiva e fiel, porém, com um olhar mais científico e determinista. Os escritores naturalistas usavam a terceira pessoa do singular, tornando-se oniscientes e, muitas vezes, imparciais.

Na literatura naturalista, os personagens são retratados como seres determinados pelo meio em que vivem, pela hereditariedade e pelo instinto. O autor naturalista não julga, apenas expõe a realidade de forma crua e objetiva.

O Naturalismo teve grande influência na literatura brasileira, principalmente na segunda metade do século XIX, influenciando autores como Aluísio, Raul Pompeia e Adolfo Caminha. Esses autores retrataram em suas obras a realidade social do Brasil da época, expondo os problemas sociais, como a pobreza, a prostituição e a miséria.

Em resumo, o Naturalismo foi um movimento artístico que surgiu na França, em meados do século XIX, e se espalhou rapidamente pela Europa e pelo mundo. O estilo naturalista teve como principais características a objetividade, a impessoalidade e o retrato fiel da realidade, usando a terceira pessoa do singular e tornando-se oniscientes. Na literatura brasileira, o Naturalismo teve grande influência na segunda metade do século XIX, retratando a realidade social do país da época.

A Pedreira de João Romão

Nós, como narradores, temos o prazer de apresentar a pedreira de João Romão, um dos empreendimentos do personagem central da obra “O Cortiço” de Aluísio Azevedo.

A pedreira é um local onde se extrai pedras para construção, e em “O Cortiço”, João Romão a utiliza como uma de suas fontes de renda. Ele emprega diversos trabalhadores, incluindo portugueses recém-chegados ao Brasil, que trabalham duro sob condições difíceis para extrair as pedras necessárias.

A pedreira é descrita como um lugar árido e empoeirado, com trabalhadores suados e cansados trabalhando em turnos para garantir a extração de pedras. A descrição da pedreira é uma metáfora para a vida difícil dos trabalhadores pobres da época, que lutavam para sobreviver em um ambiente hostil.

Apesar das dificuldades, João Romão é um empresário astuto e bem-sucedido, que utiliza a pedreira como uma das suas fontes de renda para expandir seu império. Ele é descrito como um homem ambicioso e sem escrúpulos, que não mede esforços para alcançar seus objetivos.

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